Cerca
de 400 agentes participaram de uma operação de vistoria na Penitenciária Nelson
Hungria nesta segunda-feira (25) e na manhã desta terça-feira (26). O mesmo
procedimento vai ser realizado em todas as 120 unidades administradas pela
Superintendência de Administração Prisional (Suapi) da Secretaria de Estado de
Defesa Social (Seds), para retirar armas, celulares ou outros materiais
ilícitos caso sejam encontrados nas celas.
Os
agentes pertencem ao Grupo de Intervenção Tática (GIT), do Comando de Operações
Especiais (Cope) e a outras unidades prisionais. De acordo com o subsecretário
de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, as revistas rotineiras
fazem parte dos procedimentos operacionais padrões do sistema prisional. “O que
nós mudamos foi a forma, com a integração das equipes de várias unidades para
garantir mais agilidade e qualidade do trabalho”, explica.
Segundo
a assessoria da Seds, 1.300 celas da unidade, o pátio e a área externa dos
pavilhões passaram pela vistoria. A ação foi acompanhada pelo Ministério
Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Polícia Militar e pelo Corpo
de Bombeiros.
Ainda
segundo a assessoria, a Corregedoria da secretaria vai abrir um procedimento
interno de investigação para apurar uma denúncia sobre a existência de
telefones celulares dentro da unidade prisional.
Por
meio de nota oficial, a Seds informou que “sobre a suposta ligação do detento
de dentro da área da unidade, a Suapi alerta que todo e qualquer identificador
de ligações de celular não tem precisão para informar a localidade exata da
chamada. Informa ainda que a denúncia da suposta venda de celulares por agentes
será investigada, e que, todas as denúncias com esse caráter, cuja investigação
foi concluída pela Corregedoria, foram punidas com rigor. A inteligência da
Suapi tem trabalhado de forma integrada com a Polícia Civil exatamente para
identificar desvios de conduta de funcionários e evitar ações de venda de
qualquer material ilícito”. A resposta foi dada pela secretaria depois que uma
emissora de rádio denunciou ter conversado com um preso por telefone celular.
Ainda
segundo a Seds, os casos em que forem encontrados materiais ilícitos vão ser
relatados em comunicado que será enviado ao conselho disciplinar da unidade e
ao juiz da execução penal, que avaliará as consequências penais para o detento
envolvido.
Material apreendido:
Agentes
penitenciários apreenderam celulares, armas e drogas durante uma varredura na
Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte. A operação foi feita na segunda-feira (25) e nesta terça-feira (26).
Três detentos também foram encaminhados para a 6ª Delegacia da Polícia Civil,
na mesma cidade, por porte de celulares e drogas. Os trabalhos foram
coordenados pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), da
Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
A
ação resultou na apreensão de 16 celulares, 24 chips, 11 chuços, duas facas,
uma tesoura, uma serra estilo cegueta e 17 papelotes ou buchas com substâncias
semelhantes à maconha, cocaína e crack.
A
ação, que começou às 6h desta segunda-feira (25) e foi terminou às 16h desta
terça-feira (26), contou com a participação de 400 agentes do Grupo de
Intervenção Tática (GIT), do Comando de Operações Especiais (Cope) e de outras
unidades prisionais.
Rotina:
De acordo com o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade Oliveira, as buscas na Penitenciária Nelson Hungria tiveram como objetivo retirar da unidade qualquer material ilícito que representasse ameaça à segurança dos detentos ou permitisse o contato deles com o mundo exterior. “É um procedimento rotineiro em todos os presídios e penitenciárias do estado”, destacou.
Ainda de acordo com o Oliveira, na Nelson Hungria as vistorias são feitas semanalmente, sendo que esta última foi diferente por contar com a participação de outras unidades prisionais. “A intenção da mudança foi dar mais agilidade e qualidade às buscas, fazendo um verdadeiro pente fino”, concluiu.
Nos próximos meses, todas as outras 119 unidades prisionais administradas pela Suapi passarão pelo mesmo procedimento. A ação de varredura na Nelson Hungria foi acompanhada pelo Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros.
Fonte: http://g1.globo.com
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